quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mais um País para os Chineses "investirem"!

China compra dívida e estreita relações com Portugal

A China está interessada em reforçar a aquisição de dívida soberana portuguesa. Para Portugal, é uma ajuda importante para aliviar a pressão dos mercados internacionais, para a China é uma forma de assegurar boas relações com um país da Europa.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cavaco a Presidente!

Cavaco Silva anuncia "candidatura de esperança"!

Afinal, temos crise!

Portugal, este país de altos e baixos, o país que em meio ano, já esteve em crise, deixou de estar, voltou a estar e agora está em vias de entrar em colapso!

Em Maio / Junho, segundo o nosso PM, Portugal apresentava sinais de recuperação económica, segundo José Sócrates, a economia estava em crescimento e não eram necessárias quaisquer tipo de medidas extraordinárias para actuar sobre a grave crise que assolava o nosso país. Mas passados três meses, "voilá" , afinal há mesmo crise, é preciso um orçamento apertado, bem apertadinho, e se o PSD não o aprovar, o nosso país cai nas mãos do FMI por falta de crédito e investimento externo. Afinal foi mesmo preciso enganar o país durante todo este tempo, foi necessário adiar o inadiável, ao contrário do que os nossos vizinhos Espanhóis fizeram, e agora encontram-se, eles sim, em recuperação económica.

A crítica não se prende pela necessidade de aplicar as medidas de austeridade, mas sim pela forma como elas foram conduzidas. Senão vejamos.

A partir de Janeiro, os Portugueses vão pagar mais 2% pelos produtos que vão ser abrangidos pela taxa de IVA de 23% e que tinham uma taxa até o fim de 2010 de 21%. Mas existem subidas mais drásticas, subidas de 17%, ou seja, de produtos ou serviços que eram taxados a 6% e agora serão taxados a 23%, como é o caso por exemplo dos enlatados ou até dos livros. Agora, gostava de questionar se esta subida, vai permitir uma continuidade do crescimento económico? NÃO! Não vai, porque não é preciso ser um grande Guru da economia, para perceber que vai haver uma retracção económica gigante. Mas reparem, apenas falei da subida da taxa de IVA! Assim, é necessário somar, o aumento das deduções fiscais, a diminuição dos benefícios tais como os abonos de família, redução dos apoios nos medicamentos, que em alguns casos vamos ter medicamentos que vão custar o dobro. Pior é que as classe média e baixa é que sofrem, sendo que os aumentos médios para a maior parte das famílias rondam os 1500 euros e atingem os rendimentos médios e baixos, de acordo com as simulações feitas para o DN pela consultora Mazars & Associados.

Deste modo, os Portugueses vão deixar de sair á rua para jantar, para tomar café ou até para comprar um simples jornal, porque vão sentir que o dinheiro não chega, e em muitos milhares de casos, o dinheiro não vai mesmo chegar, situação que implicará obrigatoriamente o impedimento do desenvolvimento da economia interna.

Mas nem para tudo, ou para todos, o País se encontra em crise!

As comemorações do 5 de Outubro implicaram um custo que rondou os 5 milhões de euros, onde tudo foi feito com "pompa e circunstância". Comemorações estas, que tiveram direito a um site que custou a módica quantia de 90000€, sendo este apenas um exemplo dos gastos absurdos que o centenário da República deram ao nosso país, num momento que se diz de crise!

O Parque das Nações irá receber a Cimeira da NATO, agendada para os dias 19 e 20 de Novembro. Como o nosso país encontra-se numa situação económica estável, vão ser adquiridos pelo estado Português (segundo o DN), novas viaturas blindadas para garantir a segurança do evento que içará ao encargo da PSP. Pena foi, o Ministério da Administração Interna ter esquecido que a GNR possui viaturas blindadas, o que solucionaria, à distância de um requerimento, o problema das viaturas.

Mas nem tudo é mau no nosso país, existem pessoas com carácter digno e responsável, pessoas como Fernando Pinto, da TAP, que vai baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, e no país. Por que não poderiam ser estas medidas aplicadas pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Um governo que se encontra à deriva, com um Primeiro-ministro desesperado, seja pelas asneiras que fez nos últimos 5 anos ou seja pelo impasse na decisão do PSD relativa à votação do Orçamento de Estado. Agora, tem uma postura acusatória para com o PSD, responsabilizando-o pela inexistência de consenso para a viabilização do OE e desafiando-o inclusive a assinar um cheque em branco para a aprovação do OE.

Mas mesmo os socialistas já se aperceberam da estratégia de J. Sócrates, senão vejamos as palavras de Francisco Assis: "Qual a verdadeira disponibilidade do Governo para promover o consenso e o diálogo que conduzam à viabilização do Orçamento?"!

Assim, com um Governo que se habituou à teoria do "quero, posso e mando", presa à sombra da anterior maioria absoluta, tende agora a ver-se desadequado à situação política que se encontra, e não se tornou flexível ao ponto de conseguir dialogar com os restantes partidos da oposição, sejam eles quais forem, desde que o propósito seja chegar a um entendimento que leve à aprovação do OE.

E assim vai o nosso país!

Escreve: João Pedro Carvalho